Armando diz que Pernambuco
não pode ser submetido a “experimentalismos” e que a falta de experiência de
Paulo é um risco
Após passar toda a
campanha à sombra de Eduardo Campos e, desde agosto, explorando eleitoralmente
a morte do ex-governador, Paulo Câmara (PSB) admitiu que não se sente preparado
para conduzir Pernambuco sem a presença de seu padrinho e orientador político,
que desapareceu em trágico acidente, em São Paulo. “Eu não me preparei para
assumir essa função sem Eduardo ao meu lado”, revelou Paulo, ao encerrar sua
campanha no Recife.
Na opinião do candidato do
PTB ao governo de Pernambuco, Armando Monteiro, Paulo só confirma o que já
vinha alertando ao longo da campanha, que sem Eduardo Campos no comando da
Frente Popular, Paulo Câmara não terá condições de liderar o processo político
no Estado. “Ao admitir dificuldades sem Eduardo, Paulo confirma o que dissemos
ao longo da campanha”, afirma Armando, ressaltando que, de qualquer forma, o
candidato socialistas será rejeitado nas urnas e, por isso, não poderá
representar um risco para o futuro de Pernambuco. “Pernambuco não terá esse
risco porque nós vamos ganhar".
Sem a presença de Eduardo,
que continuaria liderando o time do PSB, Paulo Câmara tem recorrido ao apoio da
viúva do ex-governador e aos filhos do casal, principalmente o mais velho,
João, de apenas 21 anos, para tentar mostrar uma imagem de líder, de alguém que
estaria – o que não é o caso - realmente preparado para comandar os partidos da
Frente Popular.
Além da falta de
experiência política, o risco da candidatura de Paulo é o fato de ele colocar
Pernambuco contra o governo Dilma Rousseff (PT), que deverá ser reeleita
presidente, derrotando a candidata do PSB, Marina Silva, que vem caindo
rapidamente nas pesquisas de intenção de voto. Dilma deu continuidade à atenção
especial que o governo federal dedicou ao Estado, com obras e investimentos
iniciados nas gestões de Lula em Pernambuco.