Cerca de 30% das rodovias de PE são apontadas como ‘ruins ou péssimas’


A Confederação Nacional dos Transportes realizou uma análise das condições das estradas no Brasil. Em Pernambuco, foram 3.107km avaliados e somente 1,2% das pistas está na categoria “ótimo”. São consideradas ruins ou péssimas 30,5%.

Em Canhotinho, a PE-177 tem 58km de extensão com muitas curvas e remendos, além de faltar acostamento em quase todo o trajeto. Onde existe, o asfalto está desgastado e cheio de buracos e mato. Não fazem parte da realidade da rodovia a sinalização horizontal – que divide as faixas – e as placas indicando curva perigosa.

No Sertão, os buracos na PE-275, de Sertânia a São José do Egito, foram tapados, mas o serviço é uma medida paliativa. A sinalização horizontal também está desgastada e, no estudo da CNT, este aspecto foi considerado “péssimo”. Em outros trechos, a sinalização vertical está praticamente apagada e quase não dá para ver o que há escrito.

Na PE-280, em Custódia, as placas e o asfalto são novos, mas os problemas antigos permaneceram: as curvas são perigosas e a estrada continua sem acostamento. Os fatores podem contribuir para ocasionar acidentes. Tais condições foram avaliadas como péssimas, realidade que também coloca em risco os moradores que precisam transitar a pé. “Os carros andam correndo muito, chega chia!”, reclama o agricultor Cícero Vicente.

Na Mata Sul, uma das mais críticas é a PE-126, que tem 54km de extensão e começa em Catende. Ela não é duplicada. É boa, só não tem acostamento. Outra dificuldade encontrada por quem trafega é a grande quantidade de curvas, cuja sequência tornam o trajeto perigoso. A PE-96 em Água Preta, na mesma região, também não alcançou um resultado positivo. O principal problema indicado é a falta de acostamento. Além disso, não há sinalização.


Por meio de nota, o Departamento de Estradas de Rodagem do estado (DER-PE) afirmou que nas seis rodovias, as obras estão com orçamento previsto para 2015.