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Governador Paulo Câmara reuniu secretários nesta segunda (Foto: Roberto Pereira / SEI) |
O Governo de Pernambuco
anunciou, nesta segunda (24), que vai precisar cortar aproximadamente R$ 1
bilhão em despesas até o fim deste ano para manter o equilíbrio das contas
públicas. Os secretários de governo vão se reunir ao longo das duas próximas
semanas para avaliar como podem ser feitas as reduções dos gastos de cada
pasta.
A decisão foi tomada após
uma reunião do governador Paulo Câmara com todo o secretariado no Palácio do
Campo das Princesas, região central do Recife. O secretário da Fazenda, Márcio
Stefanni, apontou que a prioridade é o pagamento dos salários e a manutenção
dos serviços básicos. "Há a possibilidade de diminuição, de readequação
dos serviços prestados à população, mantendo sempre os mais essenciais, o que
hoje é possível fazê-lo", explicou.
Stefanni ressaltou que a
crise nacional atinge também Pernambuco, com diminuição de investimentos após o
escândalo desencadeado pela Operação Lava Jato, que inclui empresas que atuavam
e empregavam no estado. "Foi apresentada uma meta de mais de R$ 600
milhões em economia em cima do corte inicial do começo do ano, de R$ 320
milhões. Isso significa adequar as despesas às receitas. O estado só pode
gastar aquilo que ele recebe", apontou.
Segundo o governo, a
receita do estado foi menor do que a estimada no começo do ano e, além disso,
os repasses do governo federal também caíram. Os primeiros cortes aconteceram
com a devolução de carros, economizando em aluguel e combustível, e também na
diminuição das viagens da equipe.
Os concursos previstos
para este ano devem ficar suspensos por enquanto, uma vez que o estado está
impedido de fazer novas contratações devido à Lei de Responsabilidade Fiscal. "Temos
que aguardar as novas publicações das contas para poder ver se saímos dessa
situação e poder contratar”, explicou Stefanni.
Apesar dos cortes, o
governo garante que a meta de investir R$ 1 bilhão este ano está mantida, tendo
como foco principal as obras já em andamento, em especial a do BRT. "Vamos
fazer o que é possível dentro de R$ 1 bilhão neste ano. E só iniciar novas
obras quando houver recursos", detalhou o secretário.