No mês de setembro, o Brasil
fechou 95.602 vagas formais de emprego, segundo informou nesta sexta-feira, 23,
o Ministério do Trabalho e Emprego e Previdência Social, o pior resultado para
o mês da série histórica iniciada em 1992. Os dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) são fruto de 1.326.735 admissões e 1.422.337
demissões. No acumulado dos últimos 12 meses, o País fechou 1,24 milhão de
vagas.
O resultado foi muito
inferior ao registrado em setembro do ano passado, quando ficou positivo em
123.785 vagas pela série sem ajuste. Desde janeiro deste ano, o saldo de postos
fechados é de 657,8 mil. Os dados são sem ajuste, ou seja, não incluem as
informações passadas pelas empresas fora do prazo.
Os dados relativos ao mês
passado são os primeiros divulgados sob a gestão de Miguel Rossetto à frente da
pasta que fundiu Trabalho e Emprego e Previdência Social. O ministro optou por
não conceder coletiva de imprensa para comentar os números.
O resultado ficou perto do
teto das expectativas do mercado para o mês passado. De acordo com levantamento
do AE Projeções, serviço da Agência Estado, apurado com 20 participantes, a
expectativa era que o mercado de trabalho com carteira assinada tivesse
retração de vagas em setembro, com resultado negativo entre 45.000 a 102.510,
sem ajuste. O resultado foi pior que a mediana apurada, que esperava um corte
de 61.500 postos de emprego formal no período.
Setores. O setor de serviços
foi o responsável pelo maior número de vagas formais de trabalho fechadas em
setembro. No total, foram encerradas 33.535 posto no setor. O número é
resultado de 530.846 admissões e 564.381 desligamentos no período.
Todos os setores da economia
fecharam vagas no mês passado. O segundo maior responsável por fechamento de
postos no mês passado foi a construção civil, com saldo negativo de 28.221. O
comércio encerrou 17.253, seguido da indústria de transformação, com menos
10.915. Tradicionalmente com saldo positivo, mesmo enquanto outros setores
demitiam, a agricultura fechou 3.246 vagas no mês passado. Já a administração
pública registrou retração de 1.088 postos de emprego formal.
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