Araripina em Foco : Coluna do dia - Luciano rompe ou não rompe?

Luciano Capitão, rompe ou não rompe? – O presidente da Câmara pode anunciar hoje o seu rompimento com o Prefeito, em conversa na manhã de ontem com algumas pessoas ligadas ao vereador, que nos confirmaram que ele já teria tomado a sua decisão, e que hoje pode ser o grande dia. Perguntei pessoalmente a Luciano se ele iria anunciar hoje na reunião da Câmara de vereadores que acontece na noite de hoje quarta-feira(21), mas ele desconversou e não confirmou que poderia anunciar hoje, ele disse que ainda iria esperar um pouco mais.

O que já foi comemorado pela bancada de oposição, é que os vereadores Luciano Capitão e Doval da Saúde já estariam de fato na bancada de oposição.

O que podemos analisar?

A bancada de oposição comemora o quase rompimento dos dois vereadores com o grupo do prefeito Alexandre Arraes, mas pelo o outro lado, a comemoração da bancada é apenas uma comemoração de perda do grupo de situação, pois, se analisarmos bem, Luciano e Doval não vão para o grupo de Raimundo e Socorro, a ligação dos dois vereadores é com o atual vice-prefeito Valmir Filho(PMDB).

Dilma Rousseff e Eduardo Cunha batem boca sobre corrupção - Separados pelo Atlântico, ela está na Escandinávia e ele em Brasília, a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara Eduardo Cunha bateram boca sobre corrupção.

Começou com Dilma comentando, no domingo (18), a publicação, pela TV Globo, de cópias de passaporte e assinaturas de Cunha para a abertura de contas na Suíça que ele diz que não tem.

Dilma Rousseff: “Eu lamento que seja um brasileiro, se é isso que você está perguntando. Eu lamento que seja com um brasileiro”.

No dia seguinte, segunda-feira (19), veio à resposta de Cunha. Foi à primeira declaração depois da divulgação dos documentos do deputado.

Eduardo Cunha: "Eu lamento que seja com um governo brasileiro o maior escândalo de corrupção do mundo".

Na terça-feira (20), durante visita ao presidente da Finlândia, a presidente Dilma rebateu Cunha.

Dilma Rousseff: “Primeiro, eu não vou comentar as palavras do presidente da Câmara, segundo, meu governo não está envolvido em nenhum escândalo de corrupção. Não é meu governo que está sendo acusado atualmente. As pessoas que estão envolvidas estão presas e não é a empresa Petrobras que está envolvida no escândalo, são pessoas que praticaram corrupção e elas estão presas".

E, na tarde de terça-feira (20), logo em seguida veio à tréplica de Cunha:

Eduardo Cunha: “Ué, eu não sabia que a Petrobras não era do governo”.

Em fim Dilma que disse que não ia responder, acabou respondendo.

Quem tem razão?

Por motivos bem diversos, parlamentares do governo e da oposição continuam tentando constranger ao mínimo o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha.

O processo contra Eduardo Cunha ainda não começou, de fato, no Conselho de Ética. O presidente do conselho disse que a primeira sessão deve ficar para o começo de novembro. A data inicial era o próximo dia 27 e alegou questões regimentais para o possível atraso.

“Eu tenho que ter fé, acreditar em Deus e ter certeza de que o Conselho de Ética vai ser célere e nós vamos acabar neste ano”, diz o deputado José Carlos Araújo (PSD/BA), pres. Conselho de Ética da Câmara.

Mas a expectativa no Congresso é que o processo que pede a cassação do mandato do presidente da casa se arraste até o ano que vem. Na terça-feira (20), os líderes de oposição voltaram a pedir o afastamento de Cunha da presidência.

“Todos nós do conjunto de oposições defendemos com muita ênfase o afastamento do presidente Eduardo Cunha”, explica o deputado Bruno Araújo (PSDB/PE), líder da minoria na Câmara.

Os líderes fizeram essa pressão em entrevista coletiva, mas não falaram em afastamento ou renúncia do presidente no plenário, na presença de Cunha. E o líder do PSOL cobrou.

“Eu estou impressionado, líderes de alguns dos partidos que assinaram aquela nota pedindo o afastamento do presidente no dia 10 de outubro foram lá fora para a imprensa reiterar a nota agora há pouco, olha só, mas ninguém vem aqui falar do assunto, ninguém toca no assunto”, diz o deputado Chico Alencar (PSOL/RJ), líder do partido na Câmara.

Eduardo Cunha repetiu que não vai renunciar e evitou criticar a oposição.

“Cada um pode ter o posicionamento que quiser. É um direito deles. A minha posição é a mesma. Com qualquer que seja o posicionamento, eu não vou alterar o meu comportamento e a minha posição”, declara o deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), presidente da Câmara.

Quem amenizou bastante o tom foram as lideranças do governo e do PT na casa. Não quiseram nem comentar sobre o processo que pede a cassação de Cunha.

“Sobre esse assunto nós estamos deixando que o Conselho de Ética toque a sua vida, toque os seus trabalhos. O entendimento que nós temos é de seguir firme na conclusão do exercício fiscal 2015, vencendo a questão do ajuste fiscal que o governo apresentou ainda no início do ano”, declara o deputado Sibá Machado (PT/AC), líder do partido na Câmara.

A greve dos Bancários - Os bancários rejeitaram nesta terça-feira (20) uma proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 7,5% e decidiram manter a greve, segundo informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Os bancários pedem reajuste salarial de 16%.

Procurada pela imprensa, a Fenaban ainda não se pronunciou. Segundo a Contraf, as negociações devem continuar na manhã de quarta-feira (21), em São Paulo.

A greve dos bancários entrou no 15º dia e fechou 12.567 agências pelo país - 408 a menos que no dia anterior. O número de centros administrativos também diminuiu, de 44 na segunda-feira (19) para 33 nesta terça. De acordo com o Banco Central, o país tem 22.975 agências instaladas no país.

Dólar opera acima de R$ 3,93 - O dólar opera em alta nesta quarta-feira (21), acima de R$ 3,93, após ter aberto os negócios já em R$ 3,92, acompanhando o avanço da moeda norte-americana nos mercados externos em meio a preocupações com a economia chinesa e apreensão com a situação fiscal e política no Brasil. O patamar de R$ 3,90 foi atingido na véspera, pela primeira vez em duas semanas.