Em entrevista no programa
Roda Viva, da TV Cultura, o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso
defendeu a soltura do empresário Marcelo Odebrecht, preso na operação Lava
Jato. Segundo ele, a prisão do dono da Odebrecht se justifica pelos dados que
foram apresentados pela Justiça, mas tem limite":
"Acho que o Estado de
Direito é uma coisa importante. Não pode transformar prisão preventiva em
instrumento de prisão permanente. Quem tem que julgar isso não sou eu, é o
Supremo", afirmou.
FHC disse ainda que, hoje, a
política "dança ao ritmo da crise econômica e da operação Lava Jato".
Questionado sobre a crise
política, afirmou que embora " corrupção em seu governo, a presidente
Dilma Rousseff é "pessoalmente honrada". Já sobre Lula, disse que
"tem que esperar para ver".politicamente" também seja
responsável pelos escândalos de
Valmir Filho vai à Rádio - Possivelmente o vice-prefeito do município de Araripina, Valmir Filho estará na Rádio Grande Serra amanhã a parti do meio dia, concedendo uma entrevista. Conversando com Valmir ele me deixou bem claro que terá novidades na entrevista, claro que o que a população espera é o anuncio de rompimento dele com o prefeito, se caso for isso não será nenhuma novidade, o que não deixa de ser uma entrevista onde pode mudar o quadro político do município, abalando as estruturas do prefeito. Semana passada o prefeito perdeu dois vereadores, vereadores esses que não faziam parte da bancada do prefeito a muito tempo, desde da Operação Paradise, assim como Valmir que também se afastou depois das investigações.
Vamos aguarda...
Randolfe - pede quebra de
sigilo de empresa do filho de Lula
O senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP) afirmou ter apresentado na CPI do Carf pedidos para quebrar os
sigilos bancário, fiscal e telefônico da empresa LFT Marketing Esportivo, que
pertence a Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula.
Ontem, o escritório dele foi
alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal em uma nova fase
da Operação Zelotes. Investigadores contestam pagamentos de uma das
consultorias suspeitas de atuar pela Medida Provisória 471, que prorrogou
benefícios fiscais de montadoras de veículos.
"Estou fazendo logo a
quebra até para não prevalecer, neste debate, a discussão entre governo e
oposição. Já teve um requerimento de convocação de Luís Cláudio Lula da Silva
rejeitado pela CPI. Para não correr o risco de ter o segundo requerimento rejeitado,
vamos fazer a apreciação dos requerimentos de quebras de sigilo", disse
Randolfe.
Cunha
quer convenção do PMDB - O presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse ontem (26) que continuará a conversar com
diretórios do partido na tentativa de convocar para novembro uma convenção
destinada a discutir, entre outros assuntos, se o PMDB permanece na base aliada
do governo. Ele quer saber se existe um número mínimo de diretórios para pedir
a convenção. “O PMDB não pode se furtar a discutir essa relação. Adiar isso é
tapar o sol com a peneira”, afirmou o deputado.
Cunha informou que, em
novembro, deve se posicionar sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma
formulado pelos juristas Hélio Bicudo, Janaína Paschoal e Miguel Reale e
apoiado por partidos de oposição como o PSDB, DEM, PPS e SD. Ele disse que
ainda não terminou a leitura do documento, mas que talvez apresente a decisão
no próximo mês. “Eu tentarei ser o mais rápido possível, dentro do juízo da
convicção".
A defesa da realização da
convenção do PMDB é mais um capítulo no debate de setores do partido em torno
do apoio ao governo. Cunha, que em julho se declarou oposição ao governo,
disse, durante entrevista no Salão Verde, que tem “protestado” muito pela
realização da reunião, prevista para novembro, mas adiada para março do próximo
ano. O adiamento do debate ocorreu após a reforma em que sete ministérios foram
concedidos ao PMDB.
No lugar da reunião, o PMDB
deverá realizar um encontro da Fundação Ulysses Guimarães, para discussão de
alterações em seu estatuto e de um programa para enfrentar a crise econômica.
Defensor da saída do PMDB da base aliada, Cunha disse que a reunião precisa ser
realizada. “Até porque, se o PMDB tiver uma maioria que deseja continuar na
posição em que está, essa maioria vai se fazer presente. Adiar a reunião é,
talvez, adiar uma decisão que pode não ser positiva para aqueles que querem
continuar”.
A decisão do rompimento com
o governo foi motivada pela acusação do consultor Júlio Camargo, um dos
delatores da Operação Lava Jato, de que Cunha recebeu US$ 5 milhões em propina
para viabilizar um contrato de navios-sonda da Petrobras para a empresa Toyo
Setal. Camargo falou ao juiz Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos da
operação. Ao romper com o governo, Cunha denunciou uma tentativa de
fragilizá-lo.
Na entrevista de hoje, Cunha
voltou a criticar a proposta do governo de recriar a Contribuição Provisória
sobre Movimentação Financeira (CPMF). Na última quinta-feira, representantes da
Confederação Nacional dos Municípios (CNM) manifestaram apoio à proposta, desde
que a alíquota seja de 0,38% e partilhada entre União, estados e municípios.
Perguntado sobre uma
possível “pressão” dos prefeitos pela aprovação da proposta na Câmara, Cunha
respondeu que não será “exitosa”. “Se fosse na véspera da eleição dos
deputados, ainda poderia haver alguma chance, mas [estamos na época] da eleição
deles [prefeitos], eles é que estão precisando de ajuda. Não são eles que vão
ajudar deputado”.
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