Não é difícil encontrar uma pessoa que já
tenha sofrido uma tentativa de fraude pelo celular, principalmente aquelas em
que algum filho ou parente está distante. Nesta sexta-feira (20), uma vítima de
estelionato, que reside na cidade de Araripina, Sertão pernambucano, entrou em contato com nossa redação do Araripina em foco, para que
através desse meio de comunicação, a população de Araripina e região fiquem em
alerta com um golpe que está sendo aplicado diariamente em todo o país,
inclusive na cidade de Araripina. Trata-se do “golpe do sobrinho distante”.
Relatos da
Vítima:
"O estelionatário me ligou, se identificou
como médico do meu sobrinho, que estava doente no hospital em São Paulo, após
conversarmos bastante, disse que precisava que depositasse uma quantia em
dinheiro para ajudar nos custos dos medicamentos. Não perguntei o nome, não me certifiquei que seria o mesmo sobrinho que
foi embora para São Paulo há anos. Pedi para falar com meu sobrinho, a voz
parecia mesmo a dele. Implorou-me para que depositasse a quantia em dinheiro,
então perguntei quanto ele precisava, ele respondeu "preciso de 300,00 reais",
só para começar, pois sabia que tinha de comprar outros medicamentos. Após desligar
o celular, corri para uma agência bancaria e depositei o dinheiro. Então liguei para o numero que ele tinha me
ligado, mas ninguém atendia. Então chamei a filha da vizinha, para que ela ligasse novamente, ela
disse que o código é 85 que seria do Ceará, contei a historia e foi quando me
dei conta que tinha caído em um golpe. Fiquei com muita vergonha, que não tive coragem de ir na delegacia, pois já tinham me falado que não adianta fazer mais nada. Ó meu Deus, numa crise dessa, eu fui logo perder 300 reais". Lamenta Dona Francisca.
Alguns casos já ocorreram no município de
Araripina. É um golpe velho, mas a maneira com que os bandidos agem pelo
telefone, acaba colocando o psicológico das vítimas em cenas reais, como dessa servidora
publica que mesmo estando com o comprovante em mãos, não terá seu dinheiro de
volta.
Ligações dos presídios
Muitos desses bandidos fazem essas ligações
de dentro da prisão.
Como tem tempo livre e tem acesso a aparelhos
celulares, eles telefonam para serviço de informação, consegue o número do
telefone e o endereço de determinado número e liga para essa pessoa dizendo que
algum familiar está sequestrado, parente doente, o carro quebrou na estrada (às vezes, à cobrar).
Em alguns casos, os bandidos planejam o
telefonema com antecedência e investigam a suposta vítima por um tempo. Assim,
passam informações verdadeiras para os familiares da pessoa.
Allyne Ribeiro/Araripina em Foco
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