“ARARIPINA VIROU UM LIXO SÓ”

Lixo infectante armazenado nas dependências externas do Posto de Saúde

Fiz um percurso partindo da Uniclinic do Araripe, passando pelas Ruas Demóstenes Simeão, Canastra, Henrique Alves Batista, José Barreto de Souza Sombra e fui ver as obras do Centro de Referência de Assistência Social – CRAS – que escolheram justamente um terreno pedregoso e acidentado para erguer a construção. Não entendo porque a aprovação e a aquisição do terreno para se construir um imóvel público, não passa por o crivo da câmara. Ou passa e eu que não estou sabendo? Se passa, então a comunidade ali é mesmo amistosa.


Também fui dar uma olhada na construção da Ponte do Bairro Zé Martins e como virei um cético em se tratando da gestão municipal, vamos ver se obra chega mesmo ao término e acabe com os transtornos que causaram aquela comunidade quando em março deste ano, choveu abundantemente e alagou casas e deixou muita gente desabrigada.


No dia 12, fui acionado para tirar uma fotos da caixa do Posto de Saúde, que segundo informações não é coberta (e infelizmente como sofro de acrofobia e o lugar era bastante alto) não consegui uma foto que identificasse a veracidade do fato. Só que me deparei com outra situação mais grave ainda: lixo infectante armazenado em local inadequado e que pode incorrer em riscos para à população. É um caso sério de saúde pública e que o Ministério Público e a Vigilância Sanitária “Estadual”, podem ser acionados e tomar as medidas necessárias. Difícil tem sido ser atendido com celeridade por esses órgãos. Fazer o quê?


Seguindo o meu trajeto para munição de argumentos sólidos e fatos notadamente comprovados, me deparei com a mesma situação que tem sido rotineira da população: “muito lixo nas ruas, muito esgoto estourado, muito calçamento precisando de reparos, muito abandono e muita irresponsabilidade de quem não está nem aí para administrar.

Dia 11 de novembro, a situação era a mesma. Enquanto os garis protestavam pelos seus salários, conversando com um deles ontem (23), que havia procurado o pessoal da prefeitura para se informar sobre os pagamentos, disseram a ele que era melhor procurar o Ministério Público do Trabalho (que também não tem aparecido muito) e isso nos deixa com a certeza que o sentimento de impunidade é tão claro, que empurram os problemas para outros resolverem, e que a Judicialização das Políticas Públicas tem se tornado recorrente.


Bom. Justiça para procurar e punir bandido de colarinho branco neste país é lenta, muita rápida para punir trabalhador, e esse sentimento que vivemos em Araripina, parece prevalecer em todas as esferas.


E se tem alguém para nos socorrer, nem 2016 vai dizer.

Por Everaldo Paixão

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