O ministro Teori Zavascki,
relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), homologou nesta
terça-feira a delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado,
segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Ex-líder do PSDB e
atualmente filiado ao PMDB, Machado pode entregar membros da alta cúpula do
partido que assumiu o governo interino após o afastamento da presidente Dilma
Rousseff. Para fechar o acordo, Machado gravou conversas com três caciques do
PMDB: o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o senador Romero Jucá (RR),
e o ex-presidente José Sarney (AP).
O áudio dos diálogos
travados com Jucá, divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira,
derrubou o peemedebista do ministério do Planejamento, após apenas doze dias no
cargo. Na conversa, o agora ex-ministro sugere um "pacto" para
"estancar a sangria" da Lava Jato.
Indicado por Renan ao
cargo na subsidiária da Petrobras, Machado foi o dirigente que mais tempo se
manteve no posto - de 2003 a 2014. Nesta quarta-feira, vieram à tona as
conversas que ele manteve com o presidente do Senado. Num trecho, o
peemedebista fala em mudar a lei da delação premiada, um dos institutos chave
para o sucesso da Lava Jato.
A homologação confere
valor jurídico à colaboração, podendo gerar novos inquéritos contra políticos.
Pelas regras do acordo, Machado precisa entregar provas que atestem a
veracidade dos seus depoimentos.
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