Sem voto decisivo, Conselho de Ética adia votação de processo contra Cunha

ABDUZIDA - A deputada Tia Eron (PRB-BA), que pode decidir futuro de Eduardo Cunha no Conselho de Ética(Arquivo pessoal/Facebook/VEJA)
Sem aquele que é considerado o voto que definirá o desfecho do processo de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o Conselho de Ética adiou para quarta-feira a votação do parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO), que recomenda a perda do mandato. A decisão foi anunciada porque uma das integrantes do colegiado, a parlamentar baiana Tia Eron (PRB), não apareceu para votar.

A presença de Tia Eron tornou-se crucial para selar o destino de Cunha, já que o placar atual, sem a posição dela, livra o presidente afastado da Câmara com um voto de diferença. Porém, caso a deputada baiana vote pela cassação, o resultado terminará empatado em 10 a 10. Nesse caso, o voto de minerva caberia ao presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), desafeto do peemedebista.


Os escudeiros de Cunha pressionam por diferentes vias - por exemplo, apelando ao ministro do PRB Marcos Pereira (Indústria e Comércio), do partido dela - para que a deputada baiana ajude a salvar o presidente afastado da Casa. "É muito ruim para um governo que abrigue tantos aliados do Eduardo Cunha que mais essa suspeita de tentativa de interferência em outro poder paire sobre ele. Esse é um assunto da Câmara. A Presidência da República não pode se meter nesse assunto", disse Alessandro Molon (Rede-RJ), rival de Cunha, citando encontro entre Pereira e o presidente interino da República, Michel Temer, nesta segunda-feira. Leia mais>>>

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