Turbulência: relatório do MPF e Policia Federal diz que João Carlos Lyra era ‘laranja’ de Eduardo Campos


Provas compartilhadas pelo ministro Teori Zavascki, relator do caso da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), trazidas ao bojo da Operação Turbulência, deflagrada pela Polícia Federal de Pernambuco, no mês passado, apontam que o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, um dos supostos cabeças do esquema, era beneficiário do dinheiro desviado da construtora Camargo Corrêa, na refinaria Abreu e Lima, e uma espécie de “laranja” do ex-governador Eduardo Campos, morto em agosto de 2014, em meio à campanha presidencial, na queda de um avião Cessa Citation, em Santos, São Paulo. De acordo com as investigações do MPF e Polícia Federal, a referida operação esteve relacionada ainda com a campanha de reeleição do socialista ao governo do Estado, em 2010.

Os documentos do STF foram usados pelo desembargador federal Iran Lira de Carvalho, relator da operação Turbulência no Tribunal Regional da 5ª Região (TRF5), como um dos argumentos para negar o pedido de soltura do empresário João Carlos Lyra, no começo deste mês.

De acordo com as informações do inquérito do STF, o empresário João Carlos Lyra foi reconhecido pelos ex-empregados da Camargo Corrêa Gilmar Pereira Campos e Wilson da Costa como sendo a pessoa encarregada de entregar a propina devida por aquela empreiteira ao ex-governador Eduardo Campos e ao senador Fernando Bezerra Coelho em virtude das obras da refinaria Abreu e Lima.

No processo do STF, os investigadores sustentam que esses contratos da Master Terraplenagem teriam sido constituídos em nome de ‘laranjas’ como o intermediário José Gomes de Oliveira.

De acordo com os dados do processo, no STF, na apuração do caso, os engenheiros da construtora foram inquiridos e admitiram que a Master de fato não executou qualquer serviço para a Camargo Corrêa.


Eles informaram ao MPF e a PF que, após os saques realizados da conta da construtora Master pelo intermediário “Zé Gomes”, o numerário era remetido para João Carlos Lyra Pessoa de Melo, apontado pela PF de Pernambuco como um dos cabeças do esquema na Operação Turbulência, com a ajuda da empresa fantasma Câmara e Vasconcelos Terraplenagem.

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